sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Zum zum zum desnecessário...

Ando irritada com tanto zum zum zum... Olha, vou falar uma coisa com todo o coração, eu amo Pedralva de paixão, mas tem umas coisas aqui que me tiram do sério! Meu Deus, como que tem gente que gosta de cuidar da vida dos outros! Parece que o tempo passa e isso nunca muda aqui. Fico indignada. Às vezes, pra viver bem em Pedralva, a gente tem que se fazer de surdo... ah, e de cego e mudo também. Talvez assim seja possível levar uma vidinha bem em paz, e é isso que eu tenho tentado fazer.

Mas agora vocês me dão licença que eu quero me expressar. Eu não sou nem a favor e nem contra o uso da maconha, o plantio da cannabis no quintal ou seja lá o que for. Eu sou a favor do respeito mútuo e muito contra a maledicência. E como o povo gooooosta de maldizer, né? Rir, zombar, e espalhar a desgraça alheia. Que coisa pequena. Pobre. Desnecessária.

Essa semana o facebook está irritante, nojento. Se essa ferramenta não fosse tão importante pra divulgação do meu trabalho, eu teria saído desse trem, de tanto desrespeito que eu vi e de tanto mau estar que me causou. Ainda bem que existem ferramentas pra você ir eliminando pessoas e filtrando o que é bom!!!! Ainda bem!

Pra encerrar o desabafo quero deixar aqui meu apoio e carinho às pessoas que são julgadas e malditas por uma sociedade hipócrita e que é incapaz de olhar pras próprias mazelas.

E fica uma reflexão:

Maledicência - não fale mal de ninguém

Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.
Qual a razão última dessa mania de maledicência?
É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.
São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.
Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo parecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.
Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.
Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas, que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.
Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.
Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.
Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste.
Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Pense nisso!
Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.
Evitemos a censura.
A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.
Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.
Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".
(Texto extraído do livro "A Essência da Amizade" – Huberto Rohden* – EditoraMartin Claret).